segunda-feira, 26 de agosto de 2013

domingo, 11 de agosto de 2013

O PhD do cabeleireiro do Brad Pitt



Há poucos dias estava lendo um especial jornalístico sobre a Educação no Brasil, elaborado por um grupo que consultou diversos especialistas da área (e de assuntos afins) para levantar quais os principais problemas, alguns “vilões” e qual “direção” talvez, quem sabe, deveria ser seguida.
Deixando de lado as dicotomias que alguns “especialistas” afirmam não serem os fatores da equação de baixa qualidade dos educadores, como “Remuneração vs. Atratividade”, “Status Profissional vs. Atratividade”, ou ainda, “Crescimento Profissional vs. Atratividade”; algumas sugestões para o porquê do problema educacional brasileiro são dígnas de tomar nota:

  • A formação dos professores não condiz com a realidade nas escolas.
  • As universidades públicas não preparam os futuros professores para sala de aula.
  • Os cursos para professores tem muita teoria e pouca prática.
  • Os cursos utilizam teorias “antigas” que não evoluiram.

Dada as afirmações, caso não tivessem sido feitas em textos jornalísticos, seria necessária uma reflexão mais profunda, porém de fácil interpretação, para esclarecer as mentes mais ionizadas, que na mínima “condutividade” já saem descarregando nos pobres operadores do sistema de ensino no país. Algumas reportagens servem apenas para passar o “cassetete” para a mão da opinião pública bater nos cidadãos, que se tiverem algum motivo para apanhar é a culpa por aceitar não ser qualificado o suficiente para trabalhar em outra atividade.
Não quero aqui me posicionar como paladino em defesa dos professores (educadores) injustiçados, mesmo porque, como todo ser humano, o professor vai reagir contrário a reformas que alterem a inércia do sistema. No entanto, levantar algumas questões, que não parecem óbvias para os analistas de plantão editorial, pode agregar no debate e ajudar a entendermos a real situação.
Para um trabalho ser valorizado existem duas opções: - ou o serviço é único-difícil-desejável e quem puder irá pagar o que for pedido; ou o serviço é oferecido para um cliente único-difícil-desejável. Como exemplos dessa ideia podemos pensar no restaurador de uma obra de arte rara e no cabeleireiro do Brad Pitt.
Sem (pré)conceitos com qualquer dos dois ofícios e lembrando que aperfeiçoamento para quem gosta do que faz não tem limites, qual desses profissionais precisa ser mais bem qualificado e ser melhor remunerado? Acredito que a “imprensa” de celebridades encontraria uma infinidade de justificativas para responder que é o cabeleireiro.
O que gostaria que os leitores entendessem é que diversas pesquisas em educação nos explicam a necessidade de valorização dos professores, no entanto, os profissionais que entram nas salas de aula são tratados como cabeleireiros de teste – quando o profissional preferido está muito caro ou indisponível. Isso porque os clientes diretos do professor (os alunos) podem até serem chamados de lindos, quando não demônios, mas não recebem o mesmo serviço do Sr. Pitt.
Um fator na equação do sistema público de ensino – que não atrai, para a carreira docente, os jovens mais bem preparados pela sociedade – é o valor dado às crianças pobres do nosso país, as quais são únicas na sua existência, são difíceis de se trabalhar e desejáveis para continuidade da sociedade, porém, não são celebridades. O valor de um aluno pobre é o quanto seu professor será remunerado e prestigiado.
A pergunta não é qual o melhor método de ensino (ou formação dos professores), mas qual o melhor profissional para o ensino?
Quem quer trabalhar para um indivíduo fraco, pobre, desconhecido, que precisa de toda a ajuda possível para se desenvolver e que irá agradecer pelo serviço prestado somente daqui alguns anos?

Acknowledgment
Dear Mr. Pitt, I apologize in advance for using your image without asking for permission, but I believe if you understand the purpose of the use, perhaps you won't bother. Thank you if that so!!

domingo, 7 de julho de 2013

Nação de ELITE



No Brasil um dos incentivos para manter o status quo é o uso de eufemismo para representar situações incômodas e do pretencionismo (no sentido de distinção) para justificar segregações.

Um bom exemplo disso é o uso dos termos "simples", "popular" ou "humilde" para amenizar a situação do POBRE (desprovido de recursos), ao mesmo tempo que se utiliza o termo "elite" para representar os abastados (donos do dinheiro).

Para entendermos um pouco mais, precisamos lembrar o que significa a ELITE de qualquer tipo de atividade: - esportista, artista, cozinheiro, profissional liberal, etc. E depois nos perguntarmos, o que estão chamando de "elite" é referência, destaque, nata, é O melhor de que atividade humana? A resposta será, muito provavelmente, "Elite de nada"!

A necessidade dos abastados serem chamados de elite é para manter a divisão bem clara entre o que deve ser considerado "nobre" e o que "não tem valor algum". A imagem acima do fotógrafo Tuca Vieira substitui muitos conjuntos de palavras, mas seu relato sobre os esquecimentos de lhe darem o crédito pelo trabalho é mais um exemplo dos abastados tentando desqualificar uma verdadeira atividade de ELITE.

Talvez, chamá-los de abastados nos ajude a compreender melhor o que precisamos transformar para chegarmos a uma Nação de ELITE.

domingo, 5 de maio de 2013

Para bom Educador a coleção completa basta.


O MEC compilou e disponibilizou, já há algum tempo, uma coletânea de livros sobre pensadores de Educação, incluindo os dois manifestos pela educação de 1932 e 1959. Vale muito a pena conferir e depois divulgar!

Os e-books em PDF estão acessíveis no Portal Domínio Público, também mantido pelo Ministério.

Para acessá-los basta pesquisar por "Tipo de Mídia: Texto e Categoria: Coleção Educadores" ou clicar no banner Coleção EDUCADORES...

Depois de baixar todos os livros fica uma pergunta, quais incentivos podemos trabalhar com os profissionais de educação do nosso país para que tenham as ideias desses mestres na cabeça e para que consigam aplicá-las?!