domingo, 7 de julho de 2013

Nação de ELITE



No Brasil um dos incentivos para manter o status quo é o uso de eufemismo para representar situações incômodas e do pretencionismo (no sentido de distinção) para justificar segregações.

Um bom exemplo disso é o uso dos termos "simples", "popular" ou "humilde" para amenizar a situação do POBRE (desprovido de recursos), ao mesmo tempo que se utiliza o termo "elite" para representar os abastados (donos do dinheiro).

Para entendermos um pouco mais, precisamos lembrar o que significa a ELITE de qualquer tipo de atividade: - esportista, artista, cozinheiro, profissional liberal, etc. E depois nos perguntarmos, o que estão chamando de "elite" é referência, destaque, nata, é O melhor de que atividade humana? A resposta será, muito provavelmente, "Elite de nada"!

A necessidade dos abastados serem chamados de elite é para manter a divisão bem clara entre o que deve ser considerado "nobre" e o que "não tem valor algum". A imagem acima do fotógrafo Tuca Vieira substitui muitos conjuntos de palavras, mas seu relato sobre os esquecimentos de lhe darem o crédito pelo trabalho é mais um exemplo dos abastados tentando desqualificar uma verdadeira atividade de ELITE.

Talvez, chamá-los de abastados nos ajude a compreender melhor o que precisamos transformar para chegarmos a uma Nação de ELITE.