Um estado que respeita as religiões e credos de seu povo
não pode permitir que as instituições que pregam tais ideias sejam
proprietárias de bens materiais e/ou imóveis. Os representantes e funcionários
de tais instituições podem e devem ter rendimentos compatíveis com suas
atividades, mas devemos equipará-los aos demais profissionais com qualificação
semelhante.
Assim como o financiamento de políticos não deve ser
feito por empresas (pessoas jurídicas aqui no Brasil), pois empresa não vota. A
escolha dos líderes e representantes das religiões de uma nação não deve sofrer
interferência de empresas. Por acaso a eleição do Papa, do representante do
Estado Islâmico ou do primeiro ministro do estado de Israel são iguais? Quem
governa um estado ou é líder de uma religião deve servir a todos os
representados.
Essas ideias não invalidam o apoio que cada indivíduo da
nação possa oferecer a quem pleiteia uma vaga como representante do estado ou
da religião. Mas o recurso tem que ser desse indivíduo e não do conjunto das
pessoas que trabalham com ele. Só tomemos cuidado para como chamar as pessoas
que trabalham na empresa se funcionários, colaboradores, parceiros ou
empregados. Você procura pessoas para viver/trabalhar/investir com você ou por
você?
As atividades das instituições religiosas são
caracterizadas como serviço. E se quem presta serviço para uma instituição
religiosa paga aluguel, a instituição também deve pagar. O leitor pode
perguntar, mas quem serão os donos dos imóveis dessas instituições? A resposta
é a nação, sociedade da qual ela faz parte. Mesmo porque, história e
arquitetura dessas instituições é patrimônio cultural.
Como tais instituições não visam lucro, seu orçamento
anual corresponde à folha de pagamento e custos dos serviços.
Peço desculpas pela retórica. Juro que estou tentado, mas
às vezes me falta junção de Argos-mentos. E por mais longa e arriscada que
pareça a viagem, se a música for boa, vale a pena! Já ouvi a pergunta: “Por que
o homem ainda constrói carros se ele pode voar?” O contexto era digital, mas
nos dá uma ideia do que a inovação pode fazer.
Quando será que teremos um código único de
aeroporto?
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